sexta-feira, 16 de maio de 2008

População portuguesa entrou em crescimento natural negativo


Em 2007, houve em Portugal mais mortes do que nascimentos. Nunca é assim, mas pode agora ser essa a tendência. "Mais um passo no declínio", comenta o presidente da Associação Portuguesa de Demografia.


Olhando para os dados disponíveis, nas mais recentes séries cronológicas do Instituto Nacional de Estatística (INE), que remontam a 1900, não se encontra outro ano em que em Portugal tenha acontecido o que agora se sabe que aconteceu em 2007: o número de mortes (103.727) superou o de nascimentos (102.213). A diferença é de 1514.É certo que, para alguns períodos, os dados são apresentados apenas de cinco em cinco anos, mas os anos posteriores a 1990 - cenário de grandes quebras na natalidade - estão lá todos; e, apesar da tendência decrescente do número de nados-vivos, até 2007 os que nascem são sempre mais do que os que morrem.Os números do INE para o ano passado são provisórios e foram publicados no último Boletim Mensal de Estatística, disponível no portal do instituto (http://www.ine.pt/). Não causam grande surpresa ao presidente da Associação Portuguesa de Demografia, Mário Leston Bandeira: "Estava mais ou menos à vista que íamos entrar num ciclo de crescimento natural negativo. É inevitável e é mais um passo no declínio."


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Eduardo Vales 2007/2008