quarta-feira, 17 de setembro de 2008

SEF instaura processos a 25 empresas de Lisboa e identifica 52 imigrantes ilegais


Na sequência de três acções de fiscalização

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras instaurou hoje processos de contra-ordenação a 25 empresas, na sequência de três acções de fiscalização que realizou em simultâneo na área metropolitana de Lisboa, nomeadamente no Campo Grande, Estrada Nacional 9, Azambuja e Cartaxo. Na mesma acção foram, ainda, identificados 347 cidadãos estrangeiros - 52 dos quais em situação iregular - no âmbito do combate ao trabalho ilegal. As empresas investigadas terão de pagar quase 67 mil euros pelas infracções em que incorreram, nos termos da lei. No Campo Grande foram identificadas sete empresas. Em colaboração da PSP foram fiscalizadas 38 carrinhas de transporte de trabalhadores de empresas de construção civil. Esta actuação contou com a participação de 21 elementos SEF, bem como com 30 elementos da Divisão de Trânsito da PSP. Quanto a cidadãos estrangeiros foram identificados 160. Um foi detido por se encontrar sem documentos e em situação ilegal, sete foram notificados para abandonar voluntariamente o país e cinco notificados para comparecer no SEF. Na Azambuja e no Cartaxo, foram autuadas 12 empresas e detectados 20 estrangeiros em situação ilegal. Esta actuação contou com a participação de 11 elementos do SEF, 12 elementos da GNR local e cinco elementos da PSP. No total foram identificados 125 cidadãos estrangeiros, dos quais 20 estavam irregulares e foram notificados a comparecer no SEF.Como resultado da acção que decorreu na Estrada Nacional 9, o SEF instaurou processos de contra-ordenação a seis empresas da área de construção civil e agrícola. A fiscalização foi assegurada por cinco elementos do SEF, com a colaboração de seis elementos da GNR. No total foram identificados 62 cidadãos estrangeiros: um foi detido por permanência ilegal em Portugal, oito notificados para abandonar o país de forma voluntária e dez notificados para comparecerem no serviço.

sábado, 14 de junho de 2008

Portugal é um dos países da UE com nível mais elevado de pobreza infantil


Portugal é um dos oito países da União Europeia (UE) onde se registam níveis mais elevados de pobreza nas crianças, nomeadamente nas que vivem com adultos empregados, segundo um relatório da Comissão Europeia. Segundo o relatório conjunto sobre a protecção social e inclusão social, que é apresentado amanhã e deverá ser adoptado no dia 29 pelo Conselho de Ministros do Emprego e Segurança Social, em Portugal há mais de 20 por cento de crianças (uma em cada cinco) expostas ao risco de pobreza. O risco abrange tanto crianças que vivem com adultos desempregados como as que vivem em lares onde não há desemprego. Neste caso, Portugal está em penúltimo lugar e é apenas ultrapassado pela Polónia – ambos com mais de 20 por cento de risco de exposição à pobreza – de uma tabela liderada pela Finlândia e Suécia, com apenas sete por cento de risco. O relatório divide os Estados-membros em quatro grupos, consoante os resultados nacionais em cada um de três grandes sectores: desemprego, pobreza dos trabalhadores e insuficiência da assistência social. No grupo A (os que apresentam melhores resultados, com níveis baixo de desemprego, de pobreza nos lares onde há crianças e segurança social eficaz) estão incluídos Áustria, Chipre, Dinamarca, Finlândia, Eslovénia, Holanda e Suécia. O grupo B integra a Alemanha, Bélgica, Estónia, França, Irlanda e República Checa. Eslováquia, Hungria, Malta e Reino Unido estão no grupo C. O grupo D, de países onde se registam níveis relativamente altos de pobreza nas crianças, extremamente elevados em trabalhadores e uma fraca assistência social, inclui Espanha, Grécia, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Polónia e Portugal. O relatório não inclui ainda a Bulgária e a Roménia, os últimos países a aderir à União Europeia.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

"Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull" - Trailer



Já estreou o novo Indiana Jones "Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull, de Steven Spielberg, com Harrison Ford.
Os fimes da série Indiana Jones são um exemplo da globalização na sétima arte. Conto vê-lo logo que possa. Espero que seja tão bom como os anteriores.

Site oficial do filme: http://www.indianajones.com/site/index.html

Fiquem com o trailer do filme.


A Pobreza em Portugal entre 1995 e 2000


Hoje foi divulgado o estudo Um Olhar Sobre a Pobreza em Portugal, coordenado por Alfredo Bruto da Costa no Centro de Estudos para a Intervenção Social (CESIS), que será publicado em Junho (ed. Gradiva). Este estudo analisou o período de 1995 a 2000.

Eis algumas conclusões do estudo:

- mais de metade dos agregados familiares (52,4%), em Portugal, viveram numa situação vulnerável à pobreza pelo menos durante o ano;
- 61% dos pobres não têm condições para manter a casa quente (entre os não-pobres, há 36% que dizem o mesmo);
- 12% não tem banheira ou chuveiro;
- 10% não têm sequer retrete;
- cerca de 40% da pop. portuguesa experimentava, em 2004, alguma forma de privação (18,3% entre a pop. não-pobre confronta-se com a falta de dinheiro para chegar ao fim do mês);
- 9 em cada 10 portugueses que caíram na pobreza tinham no máximo o 3º ciclo do ensino básico e apenas 2% o ensino superior;
- 23,8% dos menores de 17 anos estavam em situação de pobreza;
- mais de metade dos reformados do país são pobres.


Fonte: Público, 23/05/08

Portugal é o país da UE com maiores disparidade na repartição dos rendimentos


União Europeia é mais uniforme que os Estados Unidos


Portugal foi hoje apontado em Bruxelas como o Estado-membro com maior disparidade na repartição dos rendimentos, ultrapassando mesmo os Estados Unidos nos indicadores de desigualdade. O Relatório Sobre a Situação Social na União Europeia (UE) em 2007 conclui, no entanto, que os rendimentos se repartem mais uniformemente nos Estados-membros do que nos Estados Unidos, à excepção de Portugal. O relatório é o principal instrumento que a Comissão Europeia utiliza para acompanhar as evoluções sociais nos diferentes países europeus. Os indicadores de distribuição dos rendimentos mostram que os países mais igualitários na distribuição dos rendimentos são os nórdicos, nomeadamente a Suécia e Dinamarca."Portugal distingue-se como sendo o país onde a repartição é a mais desigual", salienta o documento que revela não haver qualquer correlação entre a igualdade de rendimentos e o nível de resultados económicos. Contudo, se forem comparados os coeficientes de igualdade de rendimentos dos Estados-membros com o respectivo PIB (Produto Interno Bruto) por habitante constata-se que os países como um PIB mais elevado são, na sua generalidade, os mais igualitários.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Biosfera: energia


O tema deste episódio do programa Biosfera é a energia. Eficiência energética, recurso a energias renováveis, benefícios fiscais, são alguns dos pontos da equação para garantir um melhor futuro energético para Portugal.
Outros assuntos tratados neste episódio:
  • Edifício Solar XXI
  • Circulação a hidrogénio: autocarros no Porto
  • Projecto na Madeira: armazenamento de vários tipos de energia através de hidrogénio.

Para visionares o programa da RTPN clica aqui

População portuguesa entrou em crescimento natural negativo


Em 2007, houve em Portugal mais mortes do que nascimentos. Nunca é assim, mas pode agora ser essa a tendência. "Mais um passo no declínio", comenta o presidente da Associação Portuguesa de Demografia.


Olhando para os dados disponíveis, nas mais recentes séries cronológicas do Instituto Nacional de Estatística (INE), que remontam a 1900, não se encontra outro ano em que em Portugal tenha acontecido o que agora se sabe que aconteceu em 2007: o número de mortes (103.727) superou o de nascimentos (102.213). A diferença é de 1514.É certo que, para alguns períodos, os dados são apresentados apenas de cinco em cinco anos, mas os anos posteriores a 1990 - cenário de grandes quebras na natalidade - estão lá todos; e, apesar da tendência decrescente do número de nados-vivos, até 2007 os que nascem são sempre mais do que os que morrem.Os números do INE para o ano passado são provisórios e foram publicados no último Boletim Mensal de Estatística, disponível no portal do instituto (http://www.ine.pt/). Não causam grande surpresa ao presidente da Associação Portuguesa de Demografia, Mário Leston Bandeira: "Estava mais ou menos à vista que íamos entrar num ciclo de crescimento natural negativo. É inevitável e é mais um passo no declínio."


terça-feira, 13 de maio de 2008

Praia do Homem do Leme com Bandeira Azul


Pela primeira vez, uma praia do Porto vai ter bandeira azul. É a praia do Homem do Leme. Para isso, foi preciso muito trabalho e um grande investimento em saneamento. Para o ano, esperam-se mais bandeiras azuis nas praias da cidade.

Para quem não viu a notícia na televisão tem agora a oportunidade de a ver aqui.

Para mais informações sobre praias de Bandeira Azul cliquem no site oficial da Associação Bandeira Azul da Europa

domingo, 11 de maio de 2008

The Closest Thing To Crazy - Katie Melua

Para relaxarem um pouco, aqui vai uma canção muito doce de Katie Melua, "The Closest Thing To Crazy". Katie Melua, nascida a 16 de Setembro de 1984, é uma cantora e compositora de nacionalidade britânico-georgiana. Nascida em Kutaisi (Geórgia), com 8 anos partiu para a Irlanda do Norte e desde os catorze vive em Inglaterra. Em Novembro de 2003 (com 19 anos) gravou o seu primeiro álbum intitulado Call Off the Search que atingiu um milhão de cópias passadas cinco semanas. Tornou-se cidadã britânica em 2005.




Gostam?

"O aquecimento Global" ou "Quanto Mais Quente Melhor" !!!!!

E agora um momento de humor, humor negro, em que se brinca com o problema do aquecimento global, em desenhos animados.


A Casa do Futuro

Imagina um fogão que sugere receitas. Um papel de parede que muda de cor com um simples toque de um dedo e uma mesa que pode muito bem ser o maior Ipod do mundo. Não, não é ficção científica. É a primeira vaga de casas do futuro.

Ácidos para extracção de urânio contaminaram águas e terrenos

Reportagem da SIC sobre a contaminação das águas em resultado da acção dos ácidos utilizados na extracção de urânio nas minas de urânio de Cunha Baixa, em Mangualde, entretanto desactivadas.

Migrações

Vejam um vídeo sobre o tema das migrações, em que são explicados os vários tipos de migrações, bem como os vários tipos de causas que levam às migrações. É um assunto que estudaremos em breve nas aulas de Geografia A.

Erosão costeira

Vejam uma reportagem da SIC sobre o problema da erosão costeira.

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Energia nuclear em Portugal

No último sábado, 26 de Abril, a Ucrânia lembrou os 22 anos da tragédia de Chernobyl.
Podem ler de seguida uma notícia que saíu nesse dia:
Ucrânia lembra os 22 anos da tragédia de Chernobyl
KIEV (AFP) — A Ucrânia prestou homenagem neste sábado às milhares de vitimas da catástrofe de Chernobyl, 22 anos depois do acidente na central nuclear que, segundo Kiev, converteu-se num drama "planetário".Na sexta-feira à noite, centenas de ucranianos, entre eles o presidente Viktor Yushchenko e outras autoridades, depositaram flores num monumento dedicado às vítimas de Chernobyl em Kiev e acenderam velas durante uma cerimónia religiosa dedicada à tragédia.Em Slavutich, uma pequena região situada a 50 quilometros da central onde moravam muitos dos funcionários, o dia foi marcado por uma celebração nocturna."A catástrofe de Chernobyl tornou-se global e até agora continua a causar estragos à saúde das pessoas e ao meio ambiente", afirmou o ministério da Saúde em um comunicado.Em 26 de abril de 1986, às 01h23 da madrugada, o reactor número quatro da central de Chernobyl, situado ao norte da Ucrânia, próximo da fronteira com a Rússia e a Bielorrússia, explodiu e contaminou boa parte da Europa, mas principalmente estes três países, na época todos integrantes da União Soviética.Mais de 25.000 "participantes" da catástrofe, a maioria russos, ucranianos e bielorrussos, que realizavam diversas obras ao redor do reactor que explodiu, faleceram de acordo com informações oficiais.Um balanço da ONU de Setembro de 2005 calculou que 4.000 pessoas morreram em consequência de cancros registrados na Ucrânia, Bielorrússia e na Rússia.Oficialmente, somente na Ucrânia calcula-se que 2,3 milhões de pessoas "sofreram as consequências da catástrofe".Aproximadamente 4.400 ucranianos, crianças e adolescentes no momento da catástrofe foram operadas entre 1986 e 2006 de cancro da tiróide, consequência mais evidente da radiação, segundo o Ministério da Saúde.

De seguida, podem visionar um vídeo do Greenpeace sobre a tragédia de Chernobyl .

Atenção: algumas imagens são chocantes, não devendo ser vistas por pessoas mais impressionáveis.





Depois de terem abordado o tema dos recursos do subsolo, de terem lido esta notícia e visionado o vídeo, ponho à vossa discussão o tema:

"Será que valerá a pena Portugal apostar na energia nuclear?"

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Duffy - "Mercy"

E agora... um momomento para relaxar.
Gostam desta música?

A cidade e o futebol


Futebol: FC Porto é uma marca forte embora com menos impacto do que a Casa da Música ou Serralves


08 de Fevereiro de 2008, 12:50


O FC Porto é uma marca forte, a exemplo do Vinho do Porto, embora com menos impacto do que o Museu de Serralves ou a Casa da Música, foi hoje defendido durante um debate sobre "A Cidade e o Futebol" realizado em Serralves.O FC Porto e a sua relação com a cidade e a câmara dominaram boa parte das intervenções, que começaram na noite de quinta-feira e terminaram na madrugada de hoje, com o advogado António Lobo Xavier a sustentar que "o futebol não é só turismo".Considerou tratar-se "do desporto que tem mais potencialidade de progressão, no sentido de ganhar adeptos e espectadores".Lobo Xavier referiu que "há quem pergunte" na Fundação de Serralves por que é o FC Porto não faz parte da instituição e revelou que Serralves quis que a Gestifute fosse um dos seus fundadores.O advogado, um dos três vice-presidentes da Fundação de Serralves, falava durante uma conferência sobre "O Futebol e a Cidade", a primeira do ciclo "Olhares Cruzados sobre o Porto" que a Universidade Católica do Porto e o diário PÚBLICO programaram para este mês.Jurista, gestor, comentador político e membro do Conselho Consultivo do FC Porto, Lobo Xavier interveio na conferência como "comentador", juntamente com o geógrafo urbano Álvaro Domingues.Os jornalistas Bruno Prata, do PÚBLICO, e Carlos Daniel, da RTP, encarregaram-se da apresentação e moderação, respectivamente.Ao dar o exemplo da Gestifute, empresa detida pelo empresário Jorge Mendes, Lobo Xavier realçou tratar-se de uma empresa do universo do futebol que é "considerada pelos observadores uma mais avançadas no mundo na gestão de carreiras e imagem" de futebolistas.Do portfolio da Gestifute fazem parte jogadores como Cristiano Ronaldo, Deco e Ricardo Quaresma."Serralves quis que a Gestifute fosse uma das suas fundadoras", revelou Lobo Xavier.O advogado revelou também que ainda hoje se discute em Serralves por que é o FC Porto não integra aquela instituição ligada ao universo das artes."O problema é que se discute o futebol como um negócio negro, com má fama, muito embora a mais recente campanha oficial de promoção turística de Portugal utilize figuras como José Mourinho e Cristiano Ronaldo, ambos famosos, vencedores e bem sucedidos", frisou Lobo Xavier.O geógrafo urbano Álvaro Domingues notou que há "uma tensão por revolver" entre a Câmara Municipal do Porto e o principal clube da cidade, que começou com a eleição do social-democrata Rui Rio para presidente da autarquia em 2001.Rui Rio rompeu com o FC Porto, quebrando assim as relações estreitas que a autarquia e o FC Porto mantiveram nos anos 90, quando o PS e Fernando Gomes/Nuno Cardoso governaram a cidade.O que Rio inaugurou, disse Álvaro Domingues, foi "um discurso político construído contra o futebol".Para Lobo Xavier, que nunca mencionou o nome do autarca do PSD, trata-se de "uma marca política de uma estratégia que funcionou" e que "não foi tal mal sucedida quanto isso do ponto de vista eleitoral".Álvaro Domingues entende, no entanto, que essa estratégia teve "necessidade de construir uma ruptura com o passado", tendo como princípio uma "mentalidade calvinista virtuosa"."Mas o que é certo é que esse registo pega", concluiu.Domingues defendeu que "os clubes deviam ter maior visibilidade social", como acontece nomeadamente na Argentina.Lobo Xavier entende, no entanto, que "o FC Porto não precisa da câmara municipal para nada, mas que pode reclamar, em nome da cidade uma não hostilidade".O advogado sublinhou que lhe "custa a ideia de que o sucesso do FC Porto seja indiferente para a cidade".Lobo Xavier disse mesmo "não perceber que a cidade do Porto possa ser vendida como produto turístico sem o FC Porto ao lado".No entanto, o advogado também defendeu que o FC Porto deve manter-se "desligado de combates regionalistas" e "procurar o maior êxito possível, o que significa fazer adeptos"."O clube não ganha nada em ser utilizado como instrumento, não devendo participar em coisas que provocam conflitos e tensões", frisou.
AYM.Lusa


Em complemento, podem visionar o vídeo do debate em http://artes.ucp.pt/ocp/. Se tiverem tempo vejam pelo menos a parte inicial que corresponde à apresentação do tema por parte do jornalista Bruno Prata.


Numa altura em que o FC Porto voltou a ser campeão nacional, importa analisar qual a importância de um clube de futebol, como este, para a projecção internacional e o desenvolvimento de uma cidade, como a do Porto.

Auto-estradas portuguesas


Portugal já é dos países europeus com mais quilómetros de auto-estradas por habitante e por quilómetro quadrado.

A região de Lisboa, por exemplo, é mesmo aquela que em todo o velho continente tem maior concentração destas vias rodoviárias.


R.E.M. - Everybody Hurts (no Amalia,you were not alone)





sexta-feira, 21 de março de 2008


Uma boa Páscoa para todos os alunos do 10º ano



São os votos do professor Eduardo Vales

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Cheias na região de Lisboa



Cheias rápidas: perigosas e potencialmente mortíferas
19.02.2008



São perigosas e podem ser mortíferas, têm como causa chuvadas fortes, concentradas num curto lapso de tempo, e acontecem nas pequenas bacias hidrográficas. No essencial, é isto que caracteriza as chamadas "cheias rápidas", explica Eusébio Reis, investigador do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa. E foi exactamente isto que se passou na madrugada de ontem. O impacto e magnitude destas cheias que afectaram o distrito de Lisboa foram, no entanto, muito inferiores ao verificado nas de 1967 (na região de Lisboa-Loures), ou ainda nas de 1983 e de 1997 - aquelas que Eusébio Reis considera "as mais devastadoras cheias rápidas" que o país já viveu. A 26 de Novembro de 1967 a estação meteorológica do Monte do Estoril registou em cinco horas 129 milímetros de precipitação. Na noite de ontem, entre as 0h00 e as 5h00, a estação meteorológica do aeroporto de Lisboa, por exemplo, registou uma precipitação de 65 milímetros.Em termos de chuva concentrada, Lisboa não registou ontem nenhum recorde. O maior pico horário, entre as 4h00 e 5h00, foi de 36 milímetros de chuva, na estação do aeroporto. É muito, mas já houve episódios mais graves. No dia 19 de Novembro de 1983, em uma única hora choveram 53 milímetros. Mas nunca em Fevereiro tinha chovido tanto ao longo de um dia inteiro. A quantidade de precipitação entre as 9h00 de domingo e as 9h00 de ontem, no aeroporto, foi de 118 milímetros, o maior valor desde 1864. Antes disso, não há séries fiáveis de registos.Episódios como os de ontem não são invulgares, sublinha Eusébio Reis. Entre 24 e 25 de Outubro de 2006, por exemplo, choveu, nalguns pontos do país, o equivalente ao que seria normal para o mês inteiro. Bragança bateu recordes, em Pombal a chuva transformou as estradas em rios e uma pessoa morreu.Uma coisa é certa, a tendência é para que, "à medida que o tempo passa, a mesma quantidade de precipitação venha a ter consequências cada vez mais graves" nas zonas urbanas onde "há cada vez mais água a circular acima da superfície e cada vez menos a circular abaixo da superfície".A crescente impermeabilização dos solos que resulta da construção de infra-estruturas - em última instância "se toda a água se infiltrasse nunca haveria cheias" -, a ocupação dos leitos de cheia, a ineficácia dos sistemas de escoamento contribuem para que as cheias sejam mais graves.As cheias rápidas distinguem-se das "cheias progressivas" - que resultam de períodos de chuva abundante, contínuo, e afectam sobretudo as grandes bacias. Em 1979 o vale do Tejo foi atingindo pela maior cheia deste tipo de que há memória. Durou nove dias. A.S. e R.G.





Fonte: http://jornal.publico.clix.pt/

Comenta as inundações que ocorreram na região de Lisboa, reflectindo sobre as causas que explicam estas situações.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008



Portugal ocupa o 18º lugar no Índice de Desempenho Ambiental 2008



24.01.2008 - 13h16 PUBLICO.PT



O trabalho feito na área do clima, poluição do ar, água, recursos naturais e qualidade ambiental valeu a Portugal o 18º lugar no Índice de Desempenho Ambiental 2008, elaborado por uma equipa das universidades de Yale e Columbia, apresentado ontem no Fórum Económico Mundial em Davos, Suíça.A lista de 149 países é liderada pela Suíça (com 95,5 por cento), logo seguida da Noruega, Suécia e Finlândia. Os últimos são o Níger (com 39,1 por cento), na 149ª posição, Angola e Serra Leoa.À frente de Portugal (com 85,8 por cento) estão ainda a Costa Rica, a Áustria, Nova Zelândia, Letónia, Colômbia, França, Islândia, Canadá, Alemanha, Reino Unido, Eslovénia, Lituânia e Eslováquia. Espanha surge na 30ª posição, os Estados Unidos na 39ª e a China na 105ª.Este índice avalia o desempenho ambiental com base em 25 indicadores, distribuídos por seis categorias de políticas: saúde ambiental, poluição do ar, recursos hídricos, biodiversidade e habitat, recursos naturais e alterações climáticas. Das seis categorias, Portugal tem o pior desempenho na área da biodiversidade e habitat, ficando abaixo da média. Na verdade, os piores resultados surgem no indicador de áreas marinhas protegidas e conservação efectiva da natureza. Portugal posiciona-se acima da média europeia em cinco das seis categorias: qualidade ambiental, poluição do ar, água, recursos naturais e alterações climáticas. Os indicadores onde o país conseguiu os melhores resultados passam pelo saneamento básico, água potável, emissões per capita e protecção de habitats críticos.A classificação dos Estados Unidos, no 39º lugar, foi muito influenciada pelo seu fraco desempenho em matéria de gases com efeito de estufa e no impacto da poluição do ar nos ecossistemas. “O desempenho dos Estados Unidos mostra que a próxima administração não deve ignorar os impactos ambientais nos ecossistemas, bem como na política agrícola, energética e gestão da água”, comentou Gus Speth, da Universidade de Yale.A análise das posições sugere que “a riqueza é um factor determinante do êxito ambiental”, segundo um comunicado da universidade de Yale.“Os países com melhores resultados (...) adoptaram políticas públicas para mitigar os danos provocados pela actividade económica”. Já os “países com piores classificações, não realizaram as mudanças necessárias na saúde pública ambiental e têm fracos regimes de política pública”.“Cada país tem algo a aprender com o Índice de Desempenho Ambiental. Mesmo os países com melhores posições têm áreas nas quais o seu desempenho não é óptimo”, comentou Daniel C. Esty, director do Centro de Legislação e Política Ambiental da Universidade de Yale e professor de Legislação e Política Ambiental.Devido à falta de dados, 89 países ficaram de fora desta lista.

Comenta o conteúdo da notícia, reflectindo sobre o desempenho ambiental do nosso país, quando comparado com outros países citados na notícia.

Em qual deste tipo de pessoas confia?


No fim de semana passado, os meios de comunicação social divulgaram uma sondagem mundial do Instituto Gallup para o Fórum Económico Mundial efectuada a 61 600 pessoas em 60 países.
A pergunta era: "Em qual deste tipo de pessoa confia?"
Os professores são os profissionais em que os portugueses mais confiam (quem diria!...); os políticos ficam no fim da tabela. 42 por cento dos portugueses consideram que os professores não só são considerados os profissionais mais merecedores de confiança como são aqueles a quem os inquiridos dariam mais poder (32 %).
A seguir aos docentes surgem, no capítulo das pessoas tidas como mais dignas de confiança, os líderes militares e da polícia (24 %), os jornalistas (20 %) e os líderes religiosos (18 %). Bem no fundo da lista, com um sexto das respostas obtidas pelos professores, ficam os políticos (7%).
Quanto à questão de quais as profissões a que dariam mais poder no seu país, os portugueses privilegiaram os professores (32%), os intelectuais (28%) e os dirigentes militares e policiais (21%), surgindo em último lugar, com 6%, as estrelas desportivas ou de cinema
A confiança dos portugueses por profissões não se afasta dos resultados médios para a Europa Ocidental. Os advogados, que em Portugal apenas têm a confiança de 14% dos inquiridos, vêm em terceiro lugar na Europa Ocidental. A nível mundial, os professores são também os que merecem maior confiança ( 34%) dos inquiridos, seguindo-se os líderes religiosos (27%) e os dirigentes militares e da polícia (18%). Os políticos surgem, uma vez mais, na cauda, com apenas 8% a darem-lhes a sua confiança. Os docentes apenas perdem o primeiro lugar para os líderes religiosos em África, que têm a confiança de 70% dos inquiridos. A Europa Ocidental daria mais poder aos intelectuais (30%) e professores (29%). A nível mundial voltam a predominar os professores (28%) e os intelectuais (25%), seguidos dos líderes religiosos (21%).

Comenta os resultados deste estudo.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Portugal e a luta contra as alterações climáticas



UE apresentou hoje pacote de medidas contra alterações climáticas



Portugal pode aumentar um por cento das emissões de CO2 até 2020
23.01.2008 - 14h54 Lusa



Até 2020 Portugal pode aumentar um por cento das emissões de dióxido de carbono (CO2) nos sectores não abrangidos no Comércio Europeu das Licenças de Emissão (CELE), como o dos transportes, anunciou hoje a Comissão Europeia.Esta meta vinculativa é comparativa a 2005, e foi determinada no âmbito do plano de combate às alterações climáticas e melhoria da eficiência energética europeia, proposto pela Comissão Europeia e acordado no ano passado entre os 27. Portugal surge, assim, como um dos 12 Estados-membros, e o único "antigo", que pode aumentar as emissões de CO2.Bruxelas divulgou hoje a repartição de esforços entre os 27 Estados-membros para que a União Europeia atinja uma redução de 20 por cento das emissões, a níveis de 1990, até 2020.A distribuição dos esforços de redução nacionais será ditada pelo Produto Interno Bruto (PIB) per capita. Haverá variações num intervalo entre 20 por cento de reduções (no caso da Dinamarca, Luxemburgo e Irlanda) e um aumento das emissões de 20 por cento, caso da Bulgária e da Roménia, os últimos Estados-membros a aderir ao bloco europeu. Os doze países mais "favorecidos" são os onze dos "novos" Estados-membros (apenas Chipre tem de reduzir, em quatro por cento) e Portugal, o único dos antigos "Quinze" que pode aumentar as emissões.Dinamarca, Irlanda e Luxemburgo serão os Estados-membros que mais terão de reduzir as emissões (cortes de 20 por cento nos três casos), seguidas de Suécia (17 por cento), Áustria, Finlândia e Reino Unido (16). No extremo oposto, entre os países com margem para aumentar as emissões, surgem à cabeça os dois mais recentes Estados-membros da UE, a Bulgária (20 por cento) e a Roménia (19 por cento), seguindo-se a Letónia (17 por cento), a Lituânia (15) e a Polónia (14), enquanto Portugal é dos 12 aquele que menos margem tem (1 por cento).No total, os 27 terão que cortar dez por cento das emissões de CO2, em relação a 2005, nos sectores excluídos do CELE, como os dos transportes, edifícios, agricultura. O pacote legislativo hoje divulgado pela Comissão Europeia prevê a criação de um plano europeu único de atribuição das licenças de emissão, que substituirá, a partir de 2013, os 27 planos nacionais. Em relação aos sectores incluídos no CELE - como o da energia eléctrica, aço, papel, cimento, químicos e outras grandes indústrias - os cortes nas emissão serão de 21 por cento (em referência a 2005) e as licenças de emissão passam a incluir mais dois poluentes, além do CO2, como o óxido nitroso e os perfluorcarbonos. Os sectores de produção incluídos no CELE perderão progressivamente as licenças de emissão gratuitas, passando a ter que as comprar. Portugal será um dos que mais vai contribuir para cumprimento da meta das renováveisOs Estados-membros terão que aumentar em 20 por cento a quota das fontes renováveis no seu cabaz energético - sendo que a energia nuclear pode ser incluída nestes cálculos. Portugal é dos países que, dentro de 12 anos, mais deverá contribuir para que a União Europeia atinja o objectivo global de aumentar a parte das energias renováveis para 20 por cento do consumo total (em 2020, contra os actuais 8,5 por cento), tendo-lhe sido fixada por Bruxelas a meta vinculativa de 31 por cento, que fica abaixo dos objectivos do Governo.Portugal deverá ser em 2020 o quinto país com uma percentagem mais elevada (31 por cento), apenas atrás de Suécia (49 por cento), Letónia (42), Finlândia (38) e Áustria (34).Esse valor fica todavia aquém das ambições do próprio Governo de José Sócrates, que elegeu as energias renováveis como uma das suas grandes apostas."Portugal está na linha da frente da Europa, tendo já 39 por cento da sua energia eléctrica com base renovável", apontou Sócrates em Novembro passado.O pacote legislativo inclui ainda a aposta no chamado "carvão limpo" (com captura e armazenamento de carbono) e inclui a energia nuclear, ainda que indirectamente, no cabaz das renováveis, uma vez que não produz CO2. O esforço para combater as alterações climáticas implica ainda o uso de 10 por cento de biocombustíveis no sector dos transportes, desde que a produção seja sustentável. A aposta é feita em biocombustíveis de segunda geração, sintetizados a partir de resíduos florestais e de resíduos, por exemplo, que não concorrem com o sector alimentar. A Comissão Europeia estipula ainda as regras das ajudas de Estado ao sector energético e da luta contra as alterações climáticas.
Comenta o conteúdo da notícia, reflectindo sobre a capacidade do nosso país em contribuir para a luta (global) contra as alterações climáticas.
Eduardo Vales 2007/2008